sábado, 25 de julho de 2009

Resumo da Expedição dos Desestos Atualizada




Pessoal, peço desculpas pela demora no envio do relato da Expedição, mas temos tido problemas tanto de logisitica, quanto de tempo para envio dos relatos.

segue abaixo um apanhado dos dias que não pudemos encamilha-los

Abs e a expedição esta um show!!!!!!!!!!!!!!!!!!

segue o relato até ontem a noite, durante o "no Sleep"


10º Dia -20/07 – La Paz – Dia livre



Acordamos cedo para alguns passeios, conhecermos a cidade, fazermos algumas compras e para darmos alguns ajustes nos veículos. Tivemos a baixa de dois componentes do grupo que tiveram problemas mecânicos, e não puderam acompanhar o grupo. A equipe Papi (“Seu Macedo” e “Dona Sandra) com problemas na sua ranger, a qual não existe modelo similar na Bolívia (apesar de ser fabricada na argentina) e da equipe “Os Cândidos”, que tiveram problemas com a sua pajero. O Comandante Jauregui e sua família prestaram os devidos socorros e apoio logístico para a solução dos problemas. O Oscar já estava com o documento da land certa que tinha ficado em Joinville, que veio pelo correio (DHL) O trânsito estava infernal, pois houve diversas manifestações de populares e de índios, defronte ao nosso hotel e do prédio do ministério da justiça, tornando ainda mais difícil a locomoção. Para facilitar as coisas, no final da tarde começou a chover forte, e tínhamos a previsão de neve, o que acabou não acontecendo, pelo menos em La Paz.



11º Dia -21/07 – La Paz – Tauha (deserto de sal do Uyuni)



Mais uma vez acordamos cedo, saindo de La paz as 05:30hrs, subimos a via expressa, que nos leva até “El Alto”, onde pudemos ver que lá havia nevado, e durante boa parte do trajeto fomos acompanhados por montanhas cobertas de neve. Os expedicionários Cândido e Macedo ficaram em La Paz para resolver os problemas mecânicos, para poderem retornar ao Brasil, visto que não seria mais possível acompanhar pelo apertado tempo disponível Seguimos viagem em direção a Oruro, sentido que nos levaria até a localidade de Tahua, as margens do Deserto de Sal de Uyuni. Andamos por estradas de terra lindíssimas, com areia fofa, parecendo que estávamos na praia, com uma poeira fina e densa, o que deixava a condução um espetáculo. No meio do caminho, ao passarmos por um vilarejo, o nosso presidente Brás lembrou que precisava comprar uma conexão de plástico para equipar ainda mais o seu veiculo. Parou em uma venda, e com o seu espanhol praticamente fluente até passou a vez de dezenas de clientes que estavam a sua frente. Alguns kilometros à frente fomos surpreendidos por uma tempestade de areia, que praticamente cegou a todos. Tivemos que ficar parados por alguns momentos até que houvesse alguma visibilidade. Nosso destino era chegar até a localidade de Colchani, para poder abastecermos, pois dali para diante não teríamos mais postos de combustível. Devido à tempestade, nem em Colchani, nem na cidade seguinte, que era Uyuni, conseguimos abastecer, pois além da tempestade de areia que não permitia ninguém ficar de pé, nem do lado de fora de casas ou dos veículos, também não havia luz. Optamos por seguir direto para Tahua, atravessando o deserto sal. No vilarejo conseguimos comprar em uma venda, alguma quantidade de diesel, para abastecer os carros que estavam quase sem combustível. Conseguimos um guia para nos levarmos até o nosso hotel, visto que era muito perigoso atravessarmos o deserto, sem termos uma referência. Fomos recompensados pelo final de tarde lindíssimo no deserto de sal, e pelo visual de Tahua, na base do vulcão Tunupa, com 5.432m de altura. Pernoitamos no hotel Taika Tahua, muito bonito, estruturado e surpreendentemente aconchegante, tendo em vista estar localizado numa região remota e de difícil acesso. Jantamos ao lado da lareira, no centro do salão, ouvimos musica local. Os expedicionários nos brindaram com um refinado acústico de violão. As ruínas presentes no local são pré-incas e estão em perfeito estado de conservação. Fomos dormir cedo, pois estávamos exaustos do longo dia e do iríamos enfrentar no dia seguinte.
12º Dia -22/07 – Uyuni – Posto de abastecimento (era Tauha – Deserto de Siloli



Acordamos cedo, a temperatura a noite foi de – 3,6°, e pela manhã continuava negativa. Em compensação ao alvorecer foi um espetáculo, com céu limpo, como de costume, e o sol surgindo por detrás do extinto vulcão. Um show de tirar o fôlego e recarregar as energias. Ao sair do hotel, pelo meio da vila de Tahua, passamos por dentro de um rio congelado, o que era um prenuncio do iria por vir. Ao entrar no salar, todos estavam com um sorriso de encantamento com o que viam. Tiramos milhares de fotos, fizemos bailados, saltos, acrobacias, poses, coreografias, e outras peripécias mais. Chegando à borda do salar, pegamos um caminho mais “arrepiado”, fazendo o carro (da equipe Tropa de Elite) saltar, o que os galões cheios de combustível voarem sobre o carro. Foi um susto e um show de acrobacias, tanto do carro como dos galões.... Mas ao contrário do havíamos planejado, devido ao vento incessante, não foi possível abastecer os veículos, nem em Colchani, nem na cidade de Uyuni, tendo em vista a falta de energia, em decorrência dos ventos fortes. Ficamos aproximadamente 10 horas no posto a espera de combustível, mas fomos frustrados pela falta de energia de óleo diesel. Mudamos os planos, visto que este é o ultimo ponto de abastecimento e não tínhamos mais combustível. Ficamos até o final tarde no posto, com a promessa de conseguir abastecer no dia seguinte. Conseguimos um hotel para passar a noite, e enfrentar o dia que viria. Em face disto, perderemos um dia em San Pedro de Atacama, tendo em vista o pouco tempo que nos resta de expedição.


13º Dia -21/07 – Uyuni – Deserto de Siloli



Acordamos cedo, como sempre, para aproveitarmos bem o dia. Tomamos o café, em uma temperatura de -8°, do lado de fora é claro. Na madrugada, registramos -12,6°. Recebemos a noticia que seria possível abastecer, e saímos em disparada para o posto de abastecimento. Conseguimos abastecer e estamos nos preparando para o deserto de Siloli. Recebemos a noticia de que havia nevado na região dos desertos (Chile), e em San Pedro de Atacama.


Continuação.....



Quando chegamos ao posto, os primeiros foram cercados pelos caminhoneiros que permaneceram no pátio no dia anterior. Tudo foi resolvido com a diplomacia do Oscar, e com a ajuda do dono do posto que intercedeu para que não fossemos linchados. No fim acabou dando tudo certo, e pudemos organizar a partida para o deserto de Siloli, onde ficaremos no hotel Ojo de piedra, em pleno deserto. A saída foi tranqüila, por estrada de chão em ótimas condições (pelo menos para jipeiros), passando pela cidade de San Crisoban, Alota e passando pela cidade de pedra, com verdadeiros monumentos construídos pela erosão dos fortes ventos; por fim entrando no deserto. O cenário inicial proporcionado pelas montanhas e vulcões extintos era um prenuncio de que encontraríamos lugares deslumbrantes, e foi o que aconteceu. Fomos brindados por um céu completamente azul, montanhas lindíssimas, cenários de tirar o fôlego, um contraste de beleza, desolação, silêncio, amplitude, solidão e preenchimento. Não imaginávamos nada além de um vasto cenário donde poderíamos andar em qualquer direção, tendo apenas como limitação as lagunas e as montanha/vulcões. Passamos pela laguna branca, e outras menores, mas de beleza impar. Deparamo-nos com manadas de vicunhas ( a menor da família das lhamas ), algo raro de vislumbrar, visto que são muito “tímidas” e em sua grande maioria selvagens. Andamos pelo deserto por uns 90 km, em terrenos difíceis, com areões enormes, pedras, adrenalina, velocidade, tudo a uma altitude de 4.750m ate chegarmos ao nosso destino, o hotel Ojo de Piedra. Mal pudemos acreditar que poderíamos encontrar algo em pela desolação, sendo guiados por coordenada de GPS, e pela carona de um funcionário do hotel. Já fazia um frio perto de zero grau, prometendo uma noite fria. Nos instalamos, demos uma reconhecida no local, e começamos as tratativas para o dia seguinte, reabastecimentos, etc. Antecipamos o jantar e fomos brindados por um por do sol lindíssimo. Trocamos fotos, demos algumas risadas com os vídeos da expedição, e o pessoal começou a soltar-se, dando inicio a um possível “no sleep” no deserto do altiplano. Conseguimos uma caixa de som, alguns ipod´s e começamos a festa...... imaginem o que aconteceu...... uma certa altura nosso presidente trouxe uma garrafa de oxigênio para (re)animar os “garotos” perderam o fôlego. Mais um marco para o CJJ, levando o “No Sleep” para os quatros cantos do mundo!




Relato enviado por Marcio - CJJ